Marcos Históricos da Congragação

08.03.1810 - Nascimento do Padre Raimundo dos Anjos Beirão

Nasceu em Lisboa, freguesia do Socorro, a 8 de março de 1810, filho de Francisco António Ferreira da Silva e de Raimunda de Jesus Maria José Beirão, família ilustre pela cultura e posição social, politicamente legitimista. Em família assinava-se Raimundo Maria Ferreira da Silva Beirão.

15.06.1843 - Aniversário natalício da Beata Maria Clara do Menino Jesus

Na Quinta do Bosque, Amadora, nasce Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque, filha de Nuno Thomaz de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque e de D. Maria da Purificação de Sá Carneiro Duarte Ferreira.

02.09.1843 - Batismo da Beata Maria Clara do Menino Jesus

Presidido pelo Reverendo Padre Jerónimo, celebra-se na Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, o Batismo de Libânia do Carmo. Serve-lhe de Madrinha D. Libânia do Carmo de Abrantes Ferreira da Cunha.

05.02.1870 - Ida da Maria Clara do Menino Jesus para Calais

“Tendo revelado sublimes dotes de coração e de espirito”, e porque as leis portuguesas não permitiam a Profissão Religiosa no País é enviada pelo Pe. Raimundo ao Noviciado de Calais, em França. Nele dá entrada 10 do mesmo mês, para mais profundamente se formar na Vida Religiosa. Conforme o estabelecido com as Superioras de Calais, o objetivo era fundar um Instituto genuinamente português, que desse resposta aos males que afligiam a sociedade portuguesa daquele tempo.

14.04.1871 - Profissão de Maria Clara do Menino Jesus

Após observante e fervoroso Noviciado, a Irmã Maria Clara do Menino Jesus faz a sua Profissão, emitindo os votos da Religião: Obediência, Pobreza e Castidade, que viverá, durante toda a vida, em perfeito abandono à Providência, procurando, dia a dia, uma identificação cada vez mais profunda com Jesus Cristo, seu Senhor.

01.05.1871 - Regresso da Irmã Maria Clara a Lisboa

Chega a Lisboa, acompanhada da Irmã Maria do Espírito Santo que fora com ela para França. Vem como Superiora Local, “posta à cabeça das casas fundadas ou a fundar”, e traz também a faculdade de estabelecer, em S. Patrício, um Noviciado filial do de Calais.

03.05.1871 - A Irmã Maria Clara é apresentada à Comunidade como Superiora

A Irmã Maria Clara do Menino Jesus é solenemente apresentada à Comunidade como Superiora, pelo Reverendo Padre Raimundo dos Anjos Beirão. Esta nomeação marca o início de uma nova vida para as Irmãs Capuchinhas de S. Patrício. Quase todas as Recolhidas resolvem tornar-se Hospitaleiras Franciscanas, seguindo a Regra e as Constituições trazidas de Calais.

22.05.1874 - Governo Civil de Lisboa aprova oficialmente a Congregação

O Governador Civil de Lisboa aprova oficialmente a Congregação com o nome de Associação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus, sob a designação de “Associação de Beneficência”.

25.11.1875 - Pedido à Santa Sé de aprovação pontifícia da Congregação

Em carta à Sé Apostólica, a Irmã Maria Clara do Menino Jesus oficia o pedido de aprovação pontifícia da Congregação, apresentando-a como já existente desde o século XVIII e solicitando para ela a concessão dos mesmos privilégios de que gozava a Congregação de Calais. Pede também que as Hospitaleiras Portuguesas façam apenas votos temporários, devido à política do tempo.

27.03.1876 - Rescrito Pontifício Papa São Pio IX

A Sé Apostólica, por Rescrito Pontifício, dá resposta favorável à petição feita quatro meses antes, ficando a Congregação sob a regência de uma Superiora Geral independente de Calais, embora conservando as mesmas Constituições e Costumeiro.

03.05.1876 - Irmã Maria Clara é considerada Fundadora da Congregação

Toma posse a primeira Superiora Geral da Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus, Irmã Maria Clara do Menino Jesus, considerada desde esse dia a Fundadora. Preside à solene cerimónia o Padre Raimundo dos Anjos Beirão.

13.07.1878 - Falecimento do Padre Raimundo dos Anjos Beirão

Falecimento do Padre Raimundo dos Anjos Beirão, no Convento das Trinas, em Lisboa. A Irmã Maria Clara está em visita às casas de Braga e não consegue chegar a tempo do funeral. Sofre duro golpe com esta perda. Dali para a frente, tem de arrostar sozinha com o governo da Congregação e de enfrentar as maiores dificuldades.

08.09.1878 - Convento das Trinas fica a ser a Casa Mãe das Hospitaleiras

A exiguidade de espaço do Convento de S. Patrício para alojar tantas Irmãs tinha obrigado o Padre Raimundo e a Mãe Clara a tomar as providências que se faziam necessárias e urgentes.
As buscas feitas e os trâmites iniciados em 1876, propiciaram o abandono definitivo do Convento de S. Patrício para se fixar, nesta data, toda a Comunidade e Noviciado no Convento das Trinas do Mocambo.
Ficará a ser, desde agora, a Casa. Mãe das Hospitaleiras, até que a implantação da República, em 1910, impiedosamente, dali as expulse.

03.10.1878 - I Capítulo Geral

Celebra-se, em S. Paio de Refojos, Santo Tirso, sob a presidência do Delegado do Bispo do Porto, D. Américo, o primeiro Capítulo Geral para eleição do Conselho Geral que deverá ajudar a Irmã Maria Clara no Governo da Congregação.
Realiza-se, no mesmo dia, a primeira reunião do Governo Geral.

26.06.1882 - Consagração da Congregação ao Sagrado Coração de Jesus

Com toda a solenidade é oficialmente realizada, em Braga, a cerimónia da consagração da Congregação ao “Coração Sagrado do Redentor e Rei de todos os corações”.
Por esse gesto de tão profundo amor e devoção, a Mãe Clara quer oferecer-Lhe o coração de cada Irmã e o de todas as pessoas e obras a elas confiadas.
No mesmo dia, funda-se também a “Arquiconfraria do Sagrado Coração de Jesus”, cujas primeiras Associadas são a Irmã Maria Clara e as Irmãs do seu Conselho.

07.02.1883 - Envio das primeiras Irmãs para África

A Mãe Clara envia as primeiras Irmãs missionárias para África.
Chamadas para Luanda, exercerão o seu múnus de bem-fazer junto dos doentes do Hospital Civil e Militar de D. Maria Pia e, no Forte de S. Miguel, junto das mulheres degredadas.
Aí trabalham incansavelmente pelo Evangelho, até que sejam expulsas pela implantação da República, em 1910.

24.05.1886 - Envio de Irmãs para índia

A Mãe Clara envia as primeiras Irmãs missionárias para África.
Chamadas para Luanda, exercerão o seu múnus de bem-fazer junto dos doentes do Hospital Civil e Militar de D. Maria Pia e, no Forte de S. Miguel, junto das mulheres degredadas.
Aí trabalham incansavelmente pelo Evangelho, até que sejam expulsas pela implantação da República, em 1910.

Fevereiro e setembro de 1893 - Envio de Irmãs para a Guiné e Cabo Verde

Dedicarão as suas vidas a cuidar dos doentes nos Hospitais.
Mais tarde, assumirão também o ensino no Instituto D. Manuel II, no Tarrafal, em Cabo Verde.

22.05.1896 - A Santa Sé reconhece a Irmã Maria Clara do Menino Jesus como Superiora Geral perpétua

Por deferimento do pedido expresso por todas as Superioras Locais e muitas Irmãs, a Santa Sé reconhece a Irmã Maria Clara do Menino Jesus como Fundadora e Superiora Geral perpétua da Congregação.

29.10.1899 - Carta da Irmã Maria Clara a toda a Congregação

Carta da Serva de Deus a toda a Congregação – seu último documento escrito e verdadeiro testamento espiritual. Nela abre os tesouros da sua alma purificada no cadinho da dor e do sofrimento, revela o seu coração, profundamente materno e delicado, e, de olhar iluminado pela Fé nunca desmentida, pela esperança que nada dececiona e pela sua imensa Caridade, aponta-nos a meta de todo o seu ser e agir.

01.12.1899 - Falecimento da Irmã Maria Clara do Menino Jesus

Desgastada por enormes canseiras e desgostos, vitimada por gravíssima lesão cardíaca, de que sofria há vários anos, carregada de méritos e com fama de santidade, depois de três horas de agonia, morre a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, na tarde daquela primeira sexta-feira.
Conhecida como era pela extrema caridade, mansidão e humildade, a notícia faz chorar pobres e crianças, órfãos e doentes, nobres e povo simples, que acorrem a prestar-lhe a última homenagem.

04.12.1899 - Funeral da Irmã Maria Clara

Depois de três dias de devota peregrinação, durante a qual foi necessário renovar, por várias vezes, as flores que a cobriam, porque os fiéis as levavam como recordação, realiza-se o funeral da Irmã Maria Clara do Menino Jesus, o qual se torna uma verdadeira apoteose.
Depositada num sepulcro novo, no Cemitério dos Prazeres - Lisboa, aí repousou incorrupta, durante 55 anos.

05.05.1954 - Transladação dos restos mortais da Fundadora

Efectua-se a transladação dos restos mortais da Fundadora, Madre Maria Clara, para a igreja do Convento de Santo António, em Caminha.
Ao longo de vários anos, ali acorreram muitos fiéis a implorar a sua valiosa intercessão junto de Deus.

24.01.1975 - Informação sobre o Processo de Canonização

Da Secretaria do Estado do Vaticano, Monsenhor Silveira responde a um pedido da informação feito pela Irmã Maria de Fátima Sanches, Superiora Geral em exercício, sobre os trâmites de um Processo de Canonização.
As dificuldades apresentadas, por se tratar de uma causa histórica, arrefecem os ânimos.
Ignorava-se a existência de documentos que a Revolução de 1910 havia confiscado.

01.12.1988 - Transladação dos restos mortais da Fundadora para a Cripta da Casa Mãe, Lisboa

Com cerimónias em várias localidades, onde a Congregação tem obras, realiza-se a viagem de retorno dos restos mortais da Fundadora, de Caminha para a Cripta da nova Capela da Casa-Mãe, em Linda-a- Pastora, arredores de Lisboa.
Torna-se este local meta de peregrinações de muitos devotos que ali rezam pedindo, agradecendo e confiando-lhe os seus problemas.

14.08.1989 - Proposta de Instrução do Processo de Canonização dos Fundadores

Em sessão do XXII Capítulo Geral da Congregação, é votada a proposta de Instrução do Processo de Canonização dos venerandos Fundadores, “solici-tando ao Governo Geral que tome as iniciativas e providências necessárias” nesse sentido.
Responde-se assim ao desejo de grande parte da Congregação que há muito anseia ver nos altares os seus Fundadores.

18.12.1995 - Abertura da fase diocesana do Processo de Canonização da Fundadora

Depois de obtido da Sé Apostólica o “Nihil Obstat” para a Instrução do Processo de Canonização da Madre Maria Clara do Menino Jesus, tem lugar, em Linda-a-Pastora, a Sessão de Abertura.
Presidiu sua Eminência, o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro.
A presença das Testemunhas, do Clero, Religiosas e Familiares da Serva de Deus é a manifestação da esperança de que, um dia, o Senhor porá o Seu selo na intenção da Igreja: dar testemunho da sua própria missão salvífica, proclamando-a bem-aventurada a apresentando-a, oficialmente, ao mundo como modelo de virtude. Para honra e glória de Deus. Amen!

01.12.1997 - Encerramento da fase diocesana do Processo de Canonização da Fundadora

Na Casa Mãe, em Linda-a-Pastora, teve lugar a Sessão de Encerramento da fase diocesana do Processo de Canonização da Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
Presidiu o Exmo. e Rev.mo Senhor Arcebispo Coadjutor do Patriarcado de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo.
A presença de muitas Religiosas e Familiares da Serva de Deus é, por si, revelação da esperança de vê-la inscrita na lista dos santos reconhecidos pela Igreja.

01.12.1999 - 1º Centenário da páscoa eterna da Fundadora

Depois da Solene Eucaristia celebrativa do 1º centenário da passagem para Deus da Irmã Maria Clara, a Família congregacional reúne na Cripta, para homenagear a sua Fundadora, ali presente no “cofre que guarda sementes de ressurreição”.

Eucaristia Solene e sessão de homenagem no 125º aniversário da morte do Fundador, Pe Raimundo dos Anjos Beirão. A gratidão a Deus reúne Religiosas, Amigos e Familiares na Casa Mãe para celebrar o jubileu, honrar e glorificar Deus.

Depois da Solene Eucaristia celebrativa do 1º centenário da passagem para Deus da Irmã Maria Clara, a Família congregacional reúne na Cripta, para homenagear a sua Fundadora, ali presente no “cofre que guarda sementes de ressurreição”.

06.12.2008 - Decreto da heroicidade das Virtudes da Irmã Maria Clara

É autorizada a publicação do Decreto sobre as Virtudes heroicas da Irmã Maria Clara do Menino Jesus, pelo Papa Bento XVI, proclamando-a Venerável.

07.12.2010 - Reconhecimento do milagre

É reconhecida como milagre a cura de pioderma gangrenoso fagedénico que, por intercessão da Venerável Maria Clara, Deus concedeu a D. Georgina Troncoso Monteagudo, cidadã espanhola, que, há 34 anos, sofria dolorosa e pacientemente desta grave doença.

10.12.2010 - Decreto de aprovação do milagre

Promulgação do Decreto de aprovação do milagre que abriu caminho à beatificação da Bem-aventurada Maria Clara do Menino Jesus.

21.05.2011 - Beatificação de Irmã Maria Clara do Menino Jesus

Irmã Maria Clara do Menino Jesus é beatificada, em Lisboa, no Estádio do Restelo, pelo Delegado pontifício, Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Preside à Solene Eucaristia o então Cardeal D. José da Cruz Policarpo, Patriarca de Lisboa.

15.06.2018 - 175 Anos do nascimento da Fundadora

A presença de muitas Religiosas, Amigos e Familiares no encerramento do Ano Jubilar do 175º aniversário do nascimento da Bem-aventurada Irmã Maria Clara do Menino Jesus, marcou o acontecimento.
Ponto alto: a Solene Eucaristia presidida por sua Eminência, o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, na Igreja paroquial de São Miguel, Queijas.
Homenagem significativa foi o Momento de Família decorrido no Auditório da Casa Mãe concluído na Cripta, espaço onde se localizam as Relíquias da Congregação, os Fundadores da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.