Síntese Histórica

Em Maria, a IFHIC encontra inspiração e um modelo de criatura que se abre permanentemente para Deus, para os homens e para o mundo, numa atitude de perfeita hospitalidade”

A origem da nossa Congregação remonta aos primeiros contactos realizados pelo P. Beirão com as Terceiras Franciscanas, Capuchinhas de Nossa Senhora da Conceição de Aldeia Galega, posteriormente trazidas para Lisboa; e começou a concretizar-se com a entrada de Libânia do Carmo no Pensionato de S. Patrício (1867), com a sua decisão de se fazer Capuchinha (1869) e, posteriormente, com a profissão religiosa em Calais, aonde fora enviada para o Noviciado, no intuito de fundar uma Congregação Religiosa portuguesa. Dirigindo-se ao Papa Pio IX para pedir a aprovação pontifícia da Congregação, a 25 de Novembro de 1875, a própria Ir. Maria Clara dizia que as Hospitaleiras existiam desde o começo do séc. XVIII, vivendo em mosteiro desde 1710 até 1858, apenas como Terceiras Franciscanas.
Regressada de Calais, a 3 de Maio de 1871, em celebração presidida pelo P. Beirão, foi a Ir. Maria Clara do Menino Jesus apresentada à comunidade das Capuchinhas na qualidade de Superiora Local e Mestra de Noviças. Aproveitando as suas boas disposições, a Ir. Maria Clara empreendeu imediatamente a reforma da Comunidade e instalou um pequeno Noviciado em S. Patrício, agora Casa-Mãe das “Irmãs da Caridade do Padre Beirão”, nome por que passaram a ser conhecidas. Entretanto, a 14 de Junho ou 15 de Julho desse ano de 1871, pelo menos 8, mas mais provavelmente 17 Capuchinhas, trocaram o seu hábito azul pelo preto de Hospitaleiras. Nasce assim a Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus.

Elaborados os primeiros Estatutos em Outubro de 1873, foram aprovados pelo Governo Civil de Lisboa, após a reformulação exigida pelo mesmo, a 22 de Maio de 1874. A Congregação foi assim reconhecida em Portugal como Associação de Beneficência.
Em Novembro de 1875, a Ir. Maria Clara pediu a aprovação pontifícia do Instituto, a qual foi obtida, a 27 de Março de 1876, por Decreto de Pio IX, com o nome de Congregação das Irmãs Hospitaleiras da 3ª Ordem de São Francisco de Assis em Lisboa. O mesmo Rescrito reconhecia-a como Congregação Religiosa autónoma e nomeava a Ir. Maria Clara Superiora Geral do Instituto nascente.
No dia 3 de Maio de 1876, em solene cerimónia, presidida pelo Padre Raimundo dos Anjos Beirão, é celebrado este reconhecimento e a Ir. Maria Clara do Menino Jesus assume o ofício de Superiora Geral da Congregação e passa a ser considerada sua Fundadora.

A casa de S. Patrício não era suficiente e não apresentava condições de espaço e salubridade necessárias ao desenvolvimento da comunidade. Após muitos pedidos e influências, o Governo cedeu o Convento das Trinas do Mocambo que passou a ser a Casa-Mãe das Hospitaleiras, conhecidas como Irmãs da Caridade, por terem continuado a missão das Filhas de Caridade francesas.
Depois do falecimento do P. Beirão, em 13 Julho de 1878, a Irmã Maria Clara assumiu sozinha a orientação do Instituto com as inúmeras dificuldades internas e externas inerentes a este cargo: perigos, perseguições, mal-entendidos, rejeições e críticas.
Em 26 de Junho de 1882, com toda a solenidade, é oficialmente realizada, em Braga, a cerimónia da consagração da Congregação ao “Coração Sagrado do Redentor e Rei de todos os corações”. Por este gesto de tão profundo amor e devoção, a Mãe Clara quer oferecer-lhe o coração de cada Irmã e o de todas as pessoas e obras a elas confiadas. No mesmo dia, funda-se também a “Arquiconfraria do Sagrado Coração de Jesus” a que podiam apenas pertencer as Franciscanas Hospitaleiras, e cujas primeiras Associadas são a Ir. Maria Clara e as Irmãs do seu Conselho.
A ânsia de chegar a todo o lugar onde houvesse algum bem a fazer ao próximo desvalido, impeliu a Ir. Maria Clara à aventura audaz de enviar Irmãs além fronteiras, fazendo das Hospitaleiras as primeiras Religiosas missionárias portuguesas.
Foram enviadas as primeiras missionárias para Angola, a 07 de Fevereiro de 1883, para assumirem os trabalhos do Hospital Civil e Militar, D. Maria Pia, em Luanda. Pedidas com o intuito de lhes ser confiada a direcção de um colégio de regeneração de mulheres degredadas, na Fortaleza de S. Miguel, foi-lhes mudada a missão, e só em 1909, já no generalato da Madre Maria de Assis, puderam realizar essa missão.
À índia, Goa, chegaram a 24 de Maio de 1886, solicitadas para orientar o Colégio da Santa Casa da Misericórdia, em Chimbel, destinado a órfãs de “famílias descendentes de europeus, as mais destituídas de instrução e educação cristã”. Mudam para Pangim em 1887 onde eram cinco Irmãs a desdobrarem-se “nas escolas, instruindo e incutindo o amor do bem às crianças confiadas aos seus cuidados”, e também, algumas vezes, “à cabeceira dos doentes particulares que pediam a sua assistência e a que a sua caridade não sabia negar-se”.

Aqui principia a funcionar, em 1894, o Noviciado para atender as jovens vocacionadas daquela região longínqua.
Na Guiné-Bissau, entraram a 23 de Fevereiro de 1893, para o Hospital Civil e Militar de Bolama.
Em Cabo Verde, cidade da Praia, aportaram em finais de Setembro do mesmo ano de 1893, com o intuito de orientarem o Hospital Civil.
Para São Tomé e Príncipe, partiram em 1898, onde, por mudança de direcção do hospital, as Irmãs não foram aceites, mas voltaram, 60 anos depois.

Após a implantação da República e consequente expulsão dos Conventos e das dificuldades impostas, a Congregação continuou a crescer: a 1 de Janeiro de 1911, as Irmãs refugiaram-se em Espanha, de onde irradiaram para o Brasil, a 10 de Setembro de 1911, chamadas para orientar e ensinar nos colégios de Montalegre, Alenquer e Itacoatiara, no Estado do Amazonas.
A 26 de Agosto de 1922, partiram para Moçambique, Lourenço Marques (Maputo), onde tiveram como primeira missão a assistência a mulheres presas, o ensino nas escolas e o serviço de lavandaria, na Missão de S. José de Lhanguene; a estes serviços aliaram, também, a acção evangelizadora no interior, em contacto directo com a população; posteriormente, foram assumidas as escolas de Nossa Senhora da Conceição, em Inhambane e outras missões em vários pontos deste país.
Sete anos depois, a 8 de Julho de 1929, as Irmãs foram para os Açores, Horta, onde tomaram conta do Hospital da Misericórdia, abrindo-se, dois anos mais tarde, o Colégio de Santo António, na mesma cidade.
Partem para Roma, Itália, a 11 de Outubro de 1952, abrindo aí a Procuradoria da Congregação, junto da Santa Sé, e uma obra de atendimento a hóspedes; alguns anos depois, e anexa, foi aberta uma Clínica.
A origem da nossa Congregação remonta aos primeiros contactos realizados pelo P. Beirão com as Terceiras Franciscanas, Capuchinhas de Nossa Senhora da Conceição de Aldeia Galega, posteriormente trazidas para Lisboa; e começou a concretizar-se com a entrada de Libânia do Carmo no Pensionato de S. Patrício (1867), com a sua decisão de se fazer Capuchinha (1869) e, posteriormente, com a profissão religiosa em Calais, aonde fora enviada para o Noviciado, no intuito de fundar uma Congregação Religiosa portuguesa. Dirigindo-se ao Papa Pio IX para pedir a aprovação pontifícia da Congregação, a 25 de Novembro de 1875, a própria Ir. Maria Clara dizia que as Hospitaleiras existiam desde o começo do séc. XVIII, vivendo em mosteiro desde 1710 até 1858, apenas como Terceiras Franciscanas.

Regressada de Calais, a 3 de Maio de 1871, em celebração presidida pelo P. Beirão, foi a Ir. Maria Clara do Menino Jesus apresentada à comunidade das Capuchinhas na qualidade de Superiora Local e Mestra de Noviças. Aproveitando as suas boas disposições, a Ir. Maria Clara empreendeu imediatamente a reforma da Comunidade e instalou um pequeno Noviciado em S. Patrício, agora Casa-Mãe das “Irmãs da Caridade do Padre Beirão”, nome por que passaram a ser conhecidas. Entretanto, a 14 de Junho ou 15 de Julho desse ano de 1871, pelo menos 8, mas mais provavelmente 17 Capuchinhas, trocaram o seu hábito azul pelo preto de Hospitaleiras. Nasce assim a Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus.

Elaborados os primeiros Estatutos em Outubro de 1873, foram aprovados pelo Governo Civil de Lisboa, após a reformulação exigida pelo mesmo, a 22 de Maio de 1874. A Congregação foi assim reconhecida em Portugal como Associação de Beneficência.

Em Novembro de 1875, a Ir. Maria Clara pediu a aprovação pontifícia do Instituto, a qual foi obtida, a 27 de Março de 1876, por Decreto de Pio IX, com o nome de Congregação das Irmãs Hospitaleiras da 3ª Ordem de São Francisco de Assis em Lisboa. O mesmo Rescrito reconhecia-a como Congregação Religiosa autónoma e nomeava a Ir. Maria Clara Superiora Geral do Instituto nascente.
No dia 3 de Maio de 1876, em solene cerimónia, presidida pelo Padre Raimundo dos Anjos Beirão, é celebrado este reconhecimento e a Ir. Maria Clara do Menino Jesus assume o ofício de Superiora Geral da Congregação e passa a ser considerada sua Fundadora.
A casa de S. Patrício não era suficiente e não apresentava condições de espaço e salubridade necessárias ao desenvolvimento da comunidade. Após muitos pedidos e influências, o Governo cedeu o Convento das Trinas do Mocambo que passou a ser a Casa-Mãe das Hospitaleiras, conhecidas como Irmãs da Caridade, por terem continuado a missão das Filhas de Caridade francesas.
Depois do falecimento do P. Beirão, em 13 Julho de 1878, a Irmã Maria Clara assumiu sozinha a orientação do Instituto com as inúmeras dificuldades internas e externas inerentes a este cargo: perigos, perseguições, mal-entendidos, rejeições e críticas.
Em 26 de Junho de 1882, com toda a solenidade, é oficialmente realizada, em Braga, a cerimónia da consagração da Congregação ao “Coração Sagrado do Redentor e Rei de todos os corações”. Por este gesto de tão profundo amor e devoção, a Mãe Clara quer oferecer-lhe o coração de cada Irmã e o de todas as pessoas e obras a elas confiadas. No mesmo dia, funda-se também a “Arquiconfraria do Sagrado Coração de Jesus” a que podiam apenas pertencer as Franciscanas Hospitaleiras, e cujas primeiras Associadas são a Ir. Maria Clara e as Irmãs do seu Conselho.
A ânsia de chegar a todo o lugar onde houvesse algum bem a fazer ao próximo desvalido, impeliu a Ir. Maria Clara à aventura audaz de enviar Irmãs além fronteiras, fazendo das Hospitaleiras as primeiras Religiosas missionárias portuguesas.
Foram enviadas as primeiras missionárias para Angola, a 07 de Fevereiro de 1883, para assumirem os trabalhos do Hospital Civil e Militar, D. Maria Pia, em Luanda. Pedidas com o intuito de lhes ser confiada a direcção de um colégio de regeneração de mulheres degredadas, na Fortaleza de S. Miguel, foi-lhes mudada a missão, e só em 1909, já no generalato da Madre Maria de Assis, puderam realizar essa missão.

À índia, Goa, chegaram a 24 de Maio de 1886, solicitadas para orientar o Colégio da Santa Casa da Misericórdia, em Chimbel, destinado a órfãs de “famílias descendentes de europeus, as mais destituídas de instrução e educação cristã”. Mudam para Pangim em 1887 onde eram cinco Irmãs a desdobrarem-se “nas escolas, instruindo e incutindo o amor do bem às crianças confiadas aos seus cuidados”, e também, algumas vezes, “à cabeceira dos doentes particulares que pediam a sua assistência e a que a sua caridade não sabia negar-se”.

Aqui principia a funcionar, em 1894, o Noviciado para atender as jovens vocacionadas daquela região longínqua.
Na Guiné-Bissau, entraram a 23 de Fevereiro de 1893, para o Hospital Civil e Militar de Bolama.
Em Cabo Verde, cidade da Praia, aportaram em finais de Setembro do mesmo ano de 1893, com o intuito de orientarem o Hospital Civil.
Para São Tomé e Príncipe, partiram em 1898, onde, por mudança de direcção do hospital, as Irmãs não foram aceites, mas voltaram, 60 anos depois.
Após a implantação da República e consequente expulsão dos Conventos e das dificuldades impostas, a Congregação continuou a crescer: a 1 de Janeiro de 1911, as Irmãs refugiaram-se em Espanha, de onde irradiaram para o Brasil, a 10 de Setembro de 1911, chamadas para orientar e ensinar nos colégios de Montalegre, Alenquer e Itacoatiara, no Estado do Amazonas.
A 26 de Agosto de 1922, partiram para Moçambique, Lourenço Marques (Maputo), onde tiveram como primeira missão a assistência a mulheres presas, o ensino nas escolas e o serviço de lavandaria, na Missão de S. José de Lhanguene; a estes serviços aliaram, também, a acção evangelizadora no interior, em contacto directo com a população; posteriormente, foram assumidas as escolas de Nossa Senhora da Conceição, em Inhambane e outras missões em vários pontos deste país.
Sete anos depois, a 8 de Julho de 1929, as Irmãs foram para os Açores, Horta, onde tomaram conta do Hospital da Misericórdia, abrindo-se, dois anos mais tarde, o Colégio de Santo António, na mesma cidade.
Partem para Roma, Itália, a 11 de Outubro de 1952, abrindo aí a Procuradoria da Congregação, junto da Santa Sé, e uma obra de atendimento a hóspedes; alguns anos depois, e anexa, foi aberta uma Clínica.

A 8 de Maio de 1958, a Congregação expandiu-se para S. Tomé e Príncipe, onde assumiu o Hospital Central.
Dois anos depois chegou a vez dos Estados Unidos da América. A 29 de Marco de 1960 partem para São José, Califórnia, cuja primeira obra foi a educação, na Escola Five Wounds Convent.

Provenientes de Moçambique, chegaram as Irmãs à Suazilândia, a 19 de Março de 1987, tendo como principal objectivo dar assistência aos refugiados da guerra civil que ensanguentava as terras de Moçambique e, simultaneamente, tratar as Irmãs doentes que a mesma guerra ia desgastando.

Com destino às Filipinas, partiram em 1992, Irmãs da Província de Nossa Senhora do Monte, Índia Norte, a fim de dar assistência às famílias desalojadas por um tufão, em Idia Villages - Sorsogon. Em 2007 foi aberto o Noviciado para as primeiras candidatas.
Em 1995, chegaram as Irmãs de novo a Angola, onde vão colaborar na pastoral da Paróquia dos Remédios, na recuperação dos "meninos dos coqueiros" e fazer voluntariado no Hospital D. Maria Pia.

De novo enviadas pela Província de S. Francisco, Moçambique, as Irmãs chegaram à África do Sul em 1996, tomando conta de um lar de terceira idade e do ensino da língua portuguesa a filhos de emigrantes.
A 10 de Abril de 1999, a Congregação chegou ao México, através das Irmãs das Províncias do Brasil, tendo como principal papel a evangelização e a acção social junto das populações carentes, sobretudo a promoção da mulher, o serviço a pessoas portadoras de deficiências, senhoras idosas e emigrantes.

Mais recentemente, em Outubro de 2007, a Província da imaculada Hospitaleira, Índia Sul, enviou um grupo de quatro Irmãs para servir o povo das montanhas de Lolotoe, um dos lugares mais desamparados e difíceis de Timor-Leste.

Em Maio de 1896, a Mãe Clara - como carinhosamente era chamada - foi reconhecida pela Santa Sé como Fundadora e Superiora Geral perpétua. No mesmo mês, a Congregação dos Bispos e Regulares anunciou a visita apostólica. Foi tempo de uma melhor organização da Congregação e, também, de muito sofrimento, sobretudo para a Mãe Clara.
A 01 de Dezembro de 1899, tendo a Mãe Clara apenas 56 anos, a morte encontrou-a “firme no campo do dever, como um valente soldado no campo de batalha”. A Congregação contava então “mais de quinhentas e sessenta Irmãs, distribuídas pelas setenta e nove casas que, no Continente e no Ultramar estão a seu cargo”.
Quase um ano após a morte da Fundadora, a 24 de Novembro de 1900, chegou de Roma a aprovação das Constituições. Ao longo do percurso congregacional sofreram algumas alterações, adequadas aos tempos. De acordo com as orientações do Concílio Vaticano II, para se adaptarem ao novo Código de Direito Canónico promulgado em 1983 e para as enriquecer com os mais recentes documentos da Igreja referentes à vida consagrada, desde 1977 foram sendo necessariamente revistas e depois confirmadas pela Sé Apostólica.

Acaba de chegar às nossas mãos a versão final aprovada por Decreto de 08 de Dezembro de 2010, festa da Natividade da Virgem Santa Maria.

Com a revolução republicana e consequente perseguição e expulsão do Convento das Trinas, as Irmãs prosseguiram a sua missão, principalmente no norte do país. A sede da Congregação passou para uma casa alugada em Santo Tirso, onde permaneceu desde Outubro de 1910 a Janeiro de 1911. Nesse mesmo mês e ano, foi transferida para a Casa de S. Telmo, em Tui (Espanha), onde se manteve até 1912, e, desde essa data até 1936, para a Quinta da Saraiva, igualmente em Tui.
Entre 1936 e 1973, a sede da Congregação esteve na Casa de Saúde da Boavista, Porto; de 1973 a 1980, passou novamente para Tui, para o Paço Episcopal, cedido pelo Bispo da Diocese; e, de 1980 a 1989, para a Rua das Janelas Verdes, nº 43, em Lisboa. Desde 1988, a sede definitiva da Congregação está situada em Linda-a-Pastora, Queijas, Patriarcado de Lisboa.